sábado, maio 16, 2015




Pergunto-me até que ponto fará sentido abandonar as emoções. Todas. 
Tendo em conta que as melhores, as consideradas boas, as mais descontroladas e intensas, trarão consigo as mais alucinantes e, igualmente descontroladas, más, penosas, dilacerantes.

Se nos fecharmos às boas, proteger-nos-emos destas últimas, certo? Se bloquearmos umas, automaticamente bloqueamos outras, correcto?

Mas… e o que são as emoções? Não serão para elas que cá estamos, não serão através delas que traçamos percursos, subimos fasquias, nos elevamos enquanto seres – de toda a forma e feitio?

Ao fim de contas, a fórmula racional, lógica e – arrisco a dizê-lo – cientifica só é estimulada pela irracionalidade do emocional.

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